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Arquitetos: Francisco Mangado
- Área: 8000 m²
- Ano: 2008
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Fotografias:Pedro Pegenaute
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Fabricantes: Ariño Duglass, Troll, panoramah!®
Descrição enviada pela equipe de projeto. Tratava-se de criar uma construção que representasse a Espanha e que se referisse à questão da água e de suas implicações ambientais.
Reproduzir o espaço de um bosque, ou de um conjunto de bambus sobre uma superfície aquática, esteve presente no subconsciente do projeto. Por um lado se cria um "mecanismo edilício" capaz de gerar possibilidades incríveis desde o ponto de vista da lógica energética e do compromisso ambiental, questão fundamental e emblemática para o futuro Pavilhão da Espanha na Exposição Internacional de Zaragoza. Por outro lado, cabe à arquitetura ser um dos espaços mais atrativos, física e luminotecnicamente falando. Os bosques são espaços em constante mudança, cheios de sugestões e matizes, onde os conceitos como a verticalidade e a profundidade são fundamentais.
É possível reproduzir artificialmente este feito natural? Neste caso, a força geométrica da metáfora do bosque joga a nosso favor, e a imagem sugerida dota à proposta um simbolismo que se torna necessário no caso de um Pavilhão. Portanto, a referência metafórica, onde a água está presente através da paisagem referenciada, é forte e evidente.
Os critérios que dirigiram e ilustraram a construção do pavilhão são de certa maneira alguns dos que já estiveram presentes no próprio projeto. O recurso de materiais modestos são uma tentativa de converter o pavilhão em expressão formal construída numa adequada relação entre os meios e fins, assim como a intenção de atingir uma independência da construção do pavilhão repeito a seu contexto econômico imediato imposto pela própria Expo. Sendo o resultado final uma construção muito seca, do tipo "mecano", garantindo a independência citada e uma certa rapidez na construção.